Qual o melhor relógio: mecânico x quartz?

Na busca pelo primeiro relógio suíço ou por aquela próxima peça para abrilhantar sua coleção, o questionamento sobre qual escolher é sempre desafiador.
Relógio mecânico ou quartz? Qual a melhor força motriz para dar vida a um relógio de alto padrão que seja digno de compor a sua coleção ou cartela de investimentos? Este é o tema que investigaremos neste post.
Ambas categorias de peças possuem pontos contra e a favor, mas a nossa intenção não é fazer uma lista e sim explicar de maneira contextualizada. Portanto, antes de mais nada, esteja ciente, querido leitor Empire, que quando relógios a quartz e relógios mecânicos se encontram no preço, certamente a peça movida a bateria vai levar a melhor.
E isso não deve ser espantoso para quem já está familiarizado com a alta relojoaria, afinal, os custos envolvidos na produção de uma peça mecânica – seja ela manual ou automática -, quase sempre são altos e requerem não apenas capitais financeiro e material, como também capitais humano e intelectual.
Apesar disso, no fator precisão os relógios a quartz também levam a melhor. Isso é explicado por uma simples razão física. Os cristais de quartz vibram em média 32.768 vezes por segundo, e é essa vibração que manda energia para o funcionamento das peças do relógio.
Em contrapartida, os relógios mecânicos têm uma vibração média do escapamento em torno de 28.800 vibrações por hora. Uma diferença abissal, mas um tanto injusta já que estamos tratando de tecnologias extremamente distintas, o que se revela também na sua disponibilidade.
Enquanto uma peça a quartz possui “força” para 2 ou até 10 anos, as peças mecânicas possuem uma reserva de marcha média de 3 dias (com exceção de alguns modelos exclusivos).
Mas os baixos custos de produção e a precisão aguçada também trazem consigo alguns dissabores.
A produção em massa dessas peças tende a tornar os modelos mais popularizados, e muitos dos materiais utilizados na sua fabricação são menos nobres, uma vez que sofrem menos “desgaste” mecânico por conta do movimento. Sua saturação no mercado faz com que sejam peças sem história, sem exclusividade e baixa valorização.
Peças mecânicas, por sua vez, são as favoritas dos usuários experientes, ou daqueles que olham para a relojoaria suíça como um campo de investimento. E por uma razão simples: apesar do valor mais caro empregado na sua produção, os preços de mercado de relógios mecânicos quase sempre se mantêm ou se valorizam com uma facilidade muito maior quando comparado a modelos a quartz.
Além disso, o conjunto de engrenagens, assim como o trabalho intelectual depositado na peça, torna o relógio um símbolo de história, com mais personalidade.
Outro fator que contribui para o apreço das peças mecânicas é o uso de metais mais nobres, com vida mais longa e mais resistentes.
O que pode-se esperar como contra de tudo isso é um custo de manutenção mais elevado, assim como de aquisição. Depois de ler este artigo, qual modelo você ficou mais tentado a ter em seu acervo pessoal?