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17/07/2024

A história por trás de um desejado relógio Patek Philippe

Filas de espera de 2 a 4 anos por um modelo milionário? Sim, este é o efeito que o nome Patek Philippe causa entre os amantes da alta relojoaria. A marca centenária é um dos nomes mais potentes da relojoaria suíça, e ao lado de Audemars Piguet e Vacheron Constantin, forma a “Tríplice Coroa”, o grupo de marcas de relógios mais importantes e cobiçados do mundo.

O início desse estrondoso nome nos remete a uma parceria de duas grandes mentes ainda em 1836, o polonês Antoine Norbert de Patek e anos mais tarde o francês Jean Adrien Philippe. Inicialmente, a marca começou sob o nome de Czapek & Co, e recebiam muito apoio de outros grupos relojoeiros da época para fabricar relógios de bolso sob medida, por meio dos quais se contavam histórias da cultura polonesa (você já deve imaginar que uma marca se preocupar com este nível de branding já naquele tempo é de se surpreender).

O legado de zelo pela história se soma à expertise de Jean Philippe, que alguns anos antes havia inventado o sistema de corda para relógios de pulso que dispensava o uso de uma chave (comum na época).

A sinergia da dupla e o alto padrão das peças fabricadas fez com que a marca conquistasse o coração de clientes ilustres como a rainha Vitória da Inglaterra.

O tino para os negócios e relações exteriores de Patek garantiu uma rápida expansão global da marca. O que dava sustentação às suas vendas era o cuidado de Philippe com o nível impecável das suas produções.

E foi neste movimento de cuidado doméstico unidos a gana internacional que fez a companhia Patek Philippe ser referência em muitas categorias da relojoaria, como no aperfeiçoamento de mecanismos reguladores, cronógrafos e calendário perpétuo.

Após o falecimento da dupla fundadora, a marca foi assumida por um grupo de três antigos funcionários e posteriormente pelos irmãos Charles e Jean Stern.

Tiveram uma feliz administração à frente da companhia, que lhes garantiu também estar à frente de outros fabricantes em momentos estratégicos. Com a implementação de uma “divisa tecnológica” no pós II Guerra, a marca conseguiu sair à frente na produção de relógios a quartz. Mais uma bem-aventurança de Patek Philippe que venceu mais de 750 prêmios, nas competições do Observatório de Genebra, incluindo 187 primeiros lugares.

Mesmo com tamanho prestígio já adquirido, as pessoas à frente da marca decidiram arriscar mais uma vez em nome da inovação. Em 1976 lançaram o Nautilus, hoje o relógio mais desejado do mundo, mas que na época contradisse os gostos e recomendações para os relógios de luxo.

A história de sucesso do fabricante pode ser entendida como resultado da soma de riscos bem calculados + boa administração + ousadia e excelência na execução.

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